O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), realizou uma visita ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que cumpre prisão domiciliar em Brasília, no mesmo horário em que o ministro Edson Fachin tomava posse na presidência do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a defesa de Bolsonaro, a data e o horário da visita foram definidos pelo ministro Alexandre de Moraes, responsável por autorizar encontros com o ex-presidente.
De acordo com o advogado de Bolsonaro, Paulo Cunha Bueno, o interesse inicial do governador era realizar a visita antes da posse de Fachin, mas a decisão final coube a Moraes. Os pedidos de visita são encaminhados ao STF, e Moraes consulta a defesa para verificar se o encontro é do interesse do ex-presidente. A coincidência da visita com a posse gerou críticas, pois Tarcísio tem adotado um discurso crítico ao STF e ao próprio Moraes, a quem chamou recentemente de tirano.
O episódio evidencia a crescente tensão entre setores do bolsonarismo e o Judiciário brasileiro. A postura do governador paulista indica uma radicalização política dentro do Republicanos, enquanto o STF mantém sua atuação firme diante dos ataques institucionais. O caso pode influenciar o cenário político nacional, especialmente em um momento delicado para as relações entre os poderes no país.