Após quase 12 horas de debates, a Câmara Municipal de Milão aprovou na madrugada desta terça-feira (30) a venda do estádio San Siro aos clubes Internazionale e Milan. A decisão encerra anos de discussões sobre o futuro do estádio, que completará 100 anos em 2026 e é o maior da Itália, com capacidade para cerca de 80 mil torcedores. A vice-prefeita Anna Scavuzzo destacou que a aprovação representa o início de uma nova fase para a cidade.
O projeto prevê a demolição parcial do San Siro para a construção de uma nova arena com capacidade para 71 mil lugares, além de um museu, lojas oficiais, espaços comerciais, centro médico, escritórios, hotel, restaurantes, áreas verdes e campos esportivos. O investimento total é estimado em 1,2 bilhão de euros, com a Prefeitura de Milão contribuindo com 22 milhões de euros para melhorias viárias e paisagismo. As obras devem começar no primeiro semestre de 2027, com previsão de inauguração em 2031, antes da Eurocopa de 2032.
Enquanto isso, o San Siro continuará em uso, inclusive para a cerimônia de abertura das Olimpíadas de Inverno de Milão e Cortina d’Ampezzo em 2026. A aprovação da venda ocorreu pouco antes do tombamento do segundo anel do estádio como patrimônio histórico, previsto para novembro. A medida recebeu 24 votos favoráveis e 20 contrários, e o valor da transação foi fixado em 197 milhões de euros. A nova arena promete ser um marco arquitetônico e um passo decisivo para o futuro dos clubes e da cidade.

