O Brasil registrou uma queda significativa no número de motoristas habilitados para conduzir caminhões na última década, segundo dados oficiais da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran). Em 2014, havia 3.582.685 condutores com Carteira Nacional de Habilitação (CNH) categoria C, número que caiu para 1.329.455 em 2024, representando uma redução de 62,89%. Essa diminuição acende um alerta para as empresas do setor de transporte, que enfrentam dificuldades para suprir a demanda por profissionais qualificados.
O envelhecimento da atual base de motoristas e a baixa entrada de jovens na profissão são fatores que agravam o cenário. A escassez de novos trabalhadores pode comprometer a eficiência da logística nacional, impactando diretamente a cadeia produtiva e elevando custos operacionais. Especialistas apontam que o setor precisa de políticas públicas eficazes e incentivos para atrair e formar novos motoristas.
Diante desse contexto, o futuro do transporte rodoviário brasileiro depende da capacidade do mercado e do governo em reverter essa tendência. A falta de mão de obra qualificada pode afetar a competitividade do país no comércio interno e externo, exigindo ações coordenadas para garantir a renovação da força de trabalho e a sustentabilidade do setor.
