Um relatório recente do Centro para a Resiliência de Longo Prazo (CLTR), sediado em Londres, aponta que o governo do Reino Unido carece de poderes emergenciais necessários para responder a desastres provocados por inteligência artificial (IA). O documento, divulgado antes da conferência anual do Partido Trabalhista, enfatiza que as legislações atuais, datadas e inadequadas, não oferecem ferramentas eficazes para lidar com crises envolvendo IA, como ataques terroristas ou falhas em infraestruturas críticas.
O relatório propõe 34 medidas para o projeto de lei sobre IA, incluindo a capacidade do governo de exigir informações das empresas de tecnologia e restringir o acesso público a modelos de IA em emergências. Além disso, recomenda a obrigatoriedade de notificação de incidentes graves e a realização de exercícios regulares de preparação. Essa abordagem visa preparar o país para os riscos crescentes da IA, sem focar na regulação dos modelos em si, diferentemente da União Europeia.
Caso adotadas, as propostas podem estabelecer um novo padrão regulatório global, conciliando segurança e inovação tecnológica. O Reino Unido busca assim manter sua competitividade econômica e alinhamento com parceiros internacionais, especialmente os Estados Unidos, enquanto se prepara para os desafios futuros da inteligência artificial.