Um estudo realizado nos Estados Unidos revelou que a desigualdade social está ligada a alterações estruturais no cérebro de crianças, independentemente da condição econômica individual. A pesquisa, que avaliou mais de 10 mil jovens, identificou que crianças de áreas com maiores índices de desigualdade apresentam desenvolvimento cerebral alterado, o que também está correlacionado a problemas de saúde mental. Segundo os cientistas, esses achados demonstram que viver em uma sociedade desigual cria um ambiente tóxico para o desenvolvimento infantil.
Os pesquisadores destacam que as mudanças observadas no cérebro ocorrem tanto em crianças de famílias ricas quanto pobres, desde que residam em regiões com alta desigualdade. O estudo reforça evidências anteriores sobre os impactos sociais na saúde mental e aponta para a desigualdade como um fator estrutural prejudicial ao bem-estar das crianças. A análise sugere que a redução da desigualdade deve ser encarada como uma prioridade de saúde pública.
As implicações do estudo são significativas para políticas sociais e de saúde, indicando que intervenções para diminuir a desigualdade podem contribuir para melhorar o desenvolvimento cerebral e a saúde mental das futuras gerações. Além disso, os resultados ampliam o entendimento sobre como fatores sociais influenciam diretamente o funcionamento neurológico, reforçando a importância de abordagens integradas entre ciência, saúde e políticas públicas.