Os mercados financeiros globais estão em alerta nesta terça-feira (30) diante da possibilidade de paralisação do governo dos Estados Unidos a partir de quarta-feira (1º), após o impasse entre democratas e republicanos para aprovar o orçamento. Além disso, dados econômicos relevantes, como as ofertas de emprego Jolts e discursos de autoridades do Federal Reserve, movimentam a agenda americana. No Brasil, o destaque é para a divulgação da taxa de desemprego de agosto, o resultado primário e reuniões do presidente Lula com ministros no Palácio do Planalto.
Nos Estados Unidos, analistas avaliam que o possível shutdown pode ter impacto maior do que em ocasiões anteriores, devido à fragilidade do mercado de trabalho e ao risco de estagflação. A agenda inclui ainda o relatório semanal dos estoques de petróleo bruto da API, que influencia os preços da commodity. No Brasil, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) indicou a criação de 147.358 vagas formais em agosto, o menor número desde 2020, enquanto o Banco Central mantém a taxa Selic em 15% para conter a inflação.
O cenário internacional permanece tenso com anúncios de tarifas comerciais dos EUA e propostas diplomáticas para o conflito entre Israel e Hamas. No âmbito doméstico, o governo brasileiro enfrenta desafios fiscais com déficit primário e aumento da inadimplência no crédito rotativo. As próximas decisões políticas e econômicas nos dois países devem influenciar a volatilidade dos mercados globais nas próximas semanas.