Iga Swiatek, atual número 2 do ranking mundial de tênis, voltou a criticar o calendário da WTA nesta semana, classificando a temporada como “longa demais e intensa demais”. A tenista polonesa afirmou que poderá reduzir sua participação em torneios obrigatórios para preservar sua saúde, mesmo que isso implique abrir mão de eventos importantes. As declarações ocorreram durante a gira asiática, onde cinco partidas do China Open foram interrompidas ou encerradas devido a lesões.
O circuito profissional masculino e feminino soma cerca de 11 meses de competições anuais, o que tem gerado críticas recorrentes sobre o desgaste físico dos atletas. De acordo com as regras da WTA, jogadoras do topo são obrigadas a disputar quatro Grand Slams, dez torneios WTA 1000 e seis WTA 500, sob risco de multas e perda de pontos no ranking. Swiatek admitiu que manter esse ritmo é inviável para qualquer atleta de elite e questionou a possibilidade de cumprir integralmente essa exigência.
Em resposta, a WTA afirmou que o bem-estar das jogadoras é prioridade e que realizou ajustes no calendário para 2024 visando maior previsibilidade e oportunidades para atletas emergentes. Além disso, anunciou um aumento significativo na premiação total nos próximos dez anos. Entretanto, as críticas persistem, especialmente após a Associação de Jogadores Profissionais de Tênis (PTPA) mover uma ação judicial contra as entidades reguladoras, acusando-as de práticas anticompetitivas e negligência com a saúde dos atletas. O debate sobre o equilíbrio entre competitividade e saúde física pode levar a mudanças estruturais no tênis feminino global.