O assessor especial da Presidência da República, Celso Amorim, declarou à Folha de S.Paulo, na segunda-feira (29), que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva jamais se deixará humilhar pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A declaração foi dada após o encontro entre os dois líderes no dia 23 de setembro, nos bastidores da 80ª Assembleia Geral da ONU, quando combinaram uma nova reunião para a semana seguinte, cujo formato ainda está sendo definido.
Durante discurso na ONU, Trump afirmou que Lula é “um cara muito legal” e destacou a boa impressão que teve do presidente brasileiro. O governo brasileiro avalia que o próximo encontro pode ocorrer em um terceiro país, como Itália ou Malásia, ou por meio de telefone ou videoconferência. O Itamaraty trabalha para que essa conversa seja reservada e que ambas as partes se comprometam a não divulgar detalhes.
Celso Amorim ressaltou a importância do reconhecimento dos Estados Unidos sobre o papel do Brasil como um país relevante e a necessidade de manter uma boa relação mesmo diante de divergências. Lula deve viajar à Itália em outubro para evento da FAO e à Malásia para a 47ª Cúpula da ASEAN, ocasiões em que há expectativa de participação de Trump, o que pode facilitar o diálogo entre os dois líderes.
