A pesquisadora carioca Flávia Vasconcelos de Mello, de 36 anos, morreu atropelada em Lisboa, Portugal, enquanto atravessava uma faixa de pedestres. A irmã da cientista embarcou para a Europa para cuidar dos trâmites legais e repatriar o corpo, com o apoio financeiro de uma vaquinha online que arrecadou mais de R$ 120 mil. O velório deve ocorrer no Rio de Janeiro, na presença da família, embora a data ainda não tenha sido divulgada.
Flávia estava realizando um pós-doutorado em ecotoxicologia, com foco em contaminantes ambientais e seus efeitos em ecossistemas aquáticos. Reconhecida internacionalmente por suas pesquisas, incluindo estudos sobre poluentes em aves marinhas da Antártida, ela era muito querida por colegas e amigos. O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) e o Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (Mare) lamentaram sua morte, destacando sua competência e espírito colaborativo.
A tragédia provocou comoção no Brasil e em Portugal, com homenagens prestadas à cientista, inclusive durante um jogo no Maracanã. A morte levanta questões sobre segurança no trânsito e a necessidade de respeito às faixas de pedestres. Familiares e amigos encontram conforto no apoio recebido e no legado científico deixado por Flávia Vasconcelos, cuja energia e alegria são lembradas com carinho.