Edson Fachin assume presidência do STF e defende independência judicial

Camila Pires
Tempo: 2 min.

O ministro Edson Fachin tomou posse como presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira, 29 de setembro de 2025. Em seu discurso inaugural, defendeu a independência do Judiciário e sinalizou que o Tribunal adotará uma postura mais contida, pautada pela racionalidade, equilíbrio e colegialidade. Fachin afastou a ideia de que o STF deve exercer protagonismo político, ressaltando que um Judiciário submisso perde sua credibilidade.
A cerimônia ocorreu em um momento delicado para a Corte, que enfrenta críticas de parlamentares que acusam o STF de invadir competências do Legislativo. Além disso, oito dos onze ministros tiveram seus vistos suspensos pelos Estados Unidos, e o governo americano aplicou sanções contra o ministro Alexandre de Moraes e sua esposa. Fachin prestou solidariedade a Moraes, destacando sua importância para a Corte e reafirmando o compromisso do STF com a Constituição e a separação dos Poderes.
Entre as primeiras pautas sob sua presidência está o julgamento sobre a relação trabalhista entre motoristas de aplicativos e plataformas digitais, tema com repercussão geral reconhecida. Com perfil discreto e institucional, Fachin pretende conduzir o Supremo com foco na colegialidade e na defesa da ordem constitucional, em um cenário marcado por polarização política e pressões externas.

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