A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) intensificou a vigilância aérea no Mar Báltico e reforçou as defesas aéreas da Dinamarca, com o apoio da França, Alemanha e Suécia, após uma série de incidentes envolvendo drones próximos a aeroportos e bases militares do país. Essas ações foram adotadas às vésperas de duas cúpulas que ocorrerão em Copenhague nesta semana.
Segundo a Otan, o número de violações graves do espaço aéreo europeu aumentou em setembro, incluindo incursões de aviões de guerra russos. No entanto, há divergências entre os países aliados sobre a resposta adequada: enquanto a Polônia defende o uso da força letal contra intrusões, outras nações consideram essa medida apenas como último recurso. Autoridades europeias avaliam que a Rússia pode estar testando a aliança por meio de incursões com drones de baixo custo, que representam desafios operacionais e financeiros.
Após um incidente semelhante na Polônia, a Otan lançou a operação Eastern Sentry, com participação do Reino Unido e envio adicional de sistemas de defesa aérea. Essa mobilização gera preocupações sobre a redução da disponibilidade desses equipamentos para a Ucrânia, que depende do apoio ocidental no conflito contra a Rússia. O reforço das defesas no Báltico reflete a crescente tensão na região e a necessidade de equilíbrio entre segurança e apoio aos aliados em guerra.