Um estudo recente conduzido por pesquisadores da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara e da Universidade de Oslo apresentou um novo modelo matemático para compreender os fenômenos de turbulência, especialmente durante voos. Publicada na revista Physical Review Research, a pesquisa aborda a dificuldade histórica de descrever matematicamente a turbulência, fenômeno presente em diversos contextos naturais, como correntes oceânicas e o fluxo de ar ao redor de aeronaves.
Segundo os autores, a turbulência é complexa devido à sua natureza não linear e instável. O estudo identifica diferentes regiões de fluxo turbulento: um fluxo balístico inicial, seguido por uma região de transição lagrangiana, depois um regime euleriano com vórtices menores e mais complexos, e finalmente uma quarta região denominada “redemoinhos livres”, caracterizada por vórtices flutuantes e rápidos. Essas descobertas ajudam a entender melhor como o ar se comporta em ambientes turbulentos, especialmente em áreas montanhosas onde as rotas aéreas são mais afetadas.
Com o aumento das mudanças climáticas e o consequente agravamento da turbulência durante voos, o novo modelo matemático pode ter implicações práticas importantes. Ele possibilita a previsão antecipada de zonas de forte turbulência, contribuindo para a otimização das rotas aéreas e o aprimoramento do design das aeronaves, aumentando a segurança e o conforto dos passageiros.