O ex-ministro da Agricultura e Assuntos Rurais da China, Tang Renjian, foi condenado à morte no domingo (28), acusado de receber propinas que totalizam mais de 268 milhões de yuans (US$ 37,6 milhões). A sentença, proferida pelo tribunal de Changchun, na província de Jilin, prevê a suspensão da execução por dois anos após a confissão do réu. Tang foi investigado desde maio de 2024 e afastado do cargo, sendo expulso do Partido Comunista Chinês (PCCH) seis meses depois.
Tang iniciou sua trajetória política na década de 1980 no Ministério da Agricultura e chegou a ser governador da província de Gansu entre 2017 e 2020, antes de assumir o ministério. Seu caso integra uma série de processos contra altos funcionários acusados de corrupção, como o ex-chefe de segurança Zhou Yongkang, condenado à prisão perpétua em 2015. A rápida conclusão do processo reflete a intensificação da campanha anticorrupção liderada pelo presidente Xi Jinping.
Desde 2020, Xi Jinping tem promovido uma ampla ofensiva para garantir a lealdade e integridade no sistema de segurança e justiça chineses. Embora apoiadores defendam que a campanha fortalece a governança, críticos alertam que ela também é usada para eliminar rivais políticos. A condenação de Tang Renjian reforça o compromisso do governo em combater a corrupção, com possíveis impactos na estabilidade política do país.