Uma pesquisa apoiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal) identificou áreas prioritárias para a conservação da Caatinga, bioma exclusivamente brasileiro e um dos mais ameaçados do país. O estudo, desenvolvido por uma pesquisadora da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), foi reconhecido com o Prêmio de Excelência Acadêmica da Fapeal, que valoriza publicações científicas de alto impacto.
O trabalho concentrou-se na proteção de pequenos mamíferos não voadores, mapeando regiões estratégicas que funcionam como refúgios naturais diante das mudanças climáticas e do uso intensivo do solo. Utilizando ferramentas inovadoras como modelagem de nicho ecológico e priorização espacial, a pesquisa revelou que cerca de 30% do território da Caatinga abriga áreas essenciais para a sobrevivência dessas espécies, mas evidenciou lacunas na cobertura das unidades de conservação existentes.
Os resultados oferecem subsídios técnicos para a criação ou reestruturação de áreas protegidas que se mantenham eficazes frente às alterações climáticas previstas. A pesquisadora destaca a importância do diálogo entre academia, gestores públicos e sociedade civil para garantir estratégias sustentáveis e o uso responsável dos recursos naturais da Caatinga, reforçando o papel do bioma na conservação da biodiversidade e no combate às mudanças climáticas.
