A Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo divulgou recentemente dados que superestimam o número de fuzis apreendidos na cidade de São Paulo. A análise aponta que parte das armas contabilizadas pertence a policiais militares envolvidos em ocorrências com mortes, o que inflaciona artificialmente as estatísticas oficiais. Essa prática ocorre durante a gestão do governador Tarcísio de Freitas e tem como objetivo demonstrar maior produtividade no combate ao crime.
O relatório detalha que o número real de fuzis retirados das mãos de criminosos é inferior ao divulgado publicamente pela pasta. A inclusão das armas vinculadas a agentes da segurança pública em situações controversas levanta dúvidas sobre a transparência dos dados e a metodologia utilizada para contabilizar as apreensões. Críticos afirmam que essa distorção pode comprometer a avaliação correta das políticas de segurança e afetar a confiança da população nas instituições.
Diante das revelações, cresce a pressão por auditorias independentes e pela revisão dos critérios adotados na divulgação dos números oficiais. O episódio evidencia a necessidade de maior rigor e clareza na apresentação das estatísticas públicas, fundamentais para o planejamento eficaz das ações de segurança e para a credibilidade do governo estadual perante a sociedade.