Nesta segunda-feira (29), um tribunal francês de apelações inicia o novo julgamento sobre o acidente do voo AF447 da Air France, ocorrido em 1º de junho de 2009 no Oceano Atlântico, que resultou na morte de 228 pessoas. A ação envolve a Air France e a Airbus, inicialmente inocentadas em 2023 por homicídio culposo após um longo processo judicial. O acidente foi provocado pela má condução dos pilotos diante da perda temporária dos dados dos sensores de velocidade, que causou uma queda aerodinâmica do avião.
O julgamento anterior revelou quatro atos de negligência atribuídos à Airbus e um à Air France, relacionados principalmente aos sensores conhecidos como sondas pitot e à preparação dos pilotos. Apesar disso, o tribunal não encontrou provas suficientes para estabelecer uma ligação penal direta entre essas falhas e o desastre. O novo julgamento, previsto para durar cerca de dois meses, buscará convencer os juízes de apelação sobre a responsabilidade criminal das empresas, atendendo ao pedido das famílias das vítimas.
Além de buscar justiça para os parentes, o processo pode ter impacto nas normas de segurança da aviação e no treinamento das tripulações. Executivos da Airbus e da Air France-KLM devem prestar depoimentos na audiência de abertura, reforçando a importância do caso para a indústria aérea francesa e internacional.