O ouro alcançou um novo recorde histórico nesta segunda-feira (29), ao ultrapassar a marca de US$ 3,8 mil por onça, refletindo a crescente desconfiança dos investidores em relação ao dólar americano. A moeda norte-americana sofre forte desvalorização globalmente, impulsionada pelo chamado ‘risco Trump’ e pela ameaça de paralisação das atividades do setor público nos Estados Unidos. O presidente Donald Trump enfrenta um prazo até 1º de outubro para negociar com democratas e republicanos o aumento do teto da dívida americana, evitando um shutdown.
Segundo Erivelto Rodrigues, presidente da agência de classificação de riscos Austin Rating, o cenário atual demonstra que o dólar perdeu seu status de ativo mais seguro do mundo. A instabilidade política e fiscal dos EUA tem provocado um movimento de migração dos investidores para o ouro, considerado um porto seguro em tempos de incerteza econômica e geopolítica. O aumento no preço do metal precioso reflete essa busca por proteção diante da volatilidade dos mercados.
A situação nos Estados Unidos pode ter impactos globais, já que a credibilidade fiscal americana influencia diretamente os mercados financeiros internacionais. Caso o impasse político persista, a tendência é que o ouro continue valorizado, enquanto o dólar mantenha sua trajetória de queda. Investidores e governos acompanham atentamente as negociações para evitar consequências econômicas mais graves.