O dólar iniciou a segunda-feira (29) em alta frente ao real, mas passou a recuar durante a manhã, sendo negociado a R$ 5,32 por volta das 10h07, queda de 0,15% em relação ao fechamento da última sexta-feira. O movimento acompanha a desvalorização global da moeda americana e a queda nos rendimentos dos títulos públicos dos Estados Unidos (Treasuries). A definição da última Ptax de setembro, prevista para terça-feira, também influencia as operações.
O cenário externo permanece tenso devido à incerteza fiscal nos EUA, com risco de paralisação do governo (shutdown) caso o Congresso não aprove o orçamento antes do fim do ano fiscal. Investidores monitoram ainda as declarações de dirigentes do Federal Reserve e aguardam o relatório de emprego previsto para sexta-feira. No Brasil, o vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, manifestou otimismo quanto a um possível encontro entre os presidentes Lula e Donald Trump, que pode resultar na redução da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a proposta de isenção do imposto de renda para rendas até R$ 5 mil está madura no Congresso, com expectativa de votação da reforma da renda e conclusão da reforma do consumo nesta semana.
Indicadores econômicos recentes apontam leve recuo nas projeções de inflação para 2025 e 2026, conforme o Boletim Focus. O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu 0,42% em setembro, acima das expectativas. Os índices de confiança do comércio (ICOM) e dos serviços (ICS) registraram avanços em setembro após períodos de retração. Por outro lado, as concessões de crédito livre pelos bancos caíram 3,3% em agosto na comparação mensal, embora apresentem alta de 11,7% em 12 meses, segundo dados do Banco Central.