O mercado financeiro revisou para baixo a previsão da inflação oficial do Brasil em 2025, estimando um IPCA de 4,81%, segundo o boletim Focus divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (29). Apesar da redução, o índice permanece acima do teto da meta de inflação de 4,5%, estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional. Para 2026, a projeção também caiu ligeiramente, para 4,28%, com expectativas de queda gradual nos anos seguintes.
A taxa básica de juros, Selic, foi mantida em 15% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom) para conter a inflação e garantir o cumprimento da meta. A previsão é que a Selic permaneça nesse patamar até o final de 2025 e comece a ser reduzida gradualmente a partir de 2026, chegando a 10% ao ano em 2028. O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) está estimado em 2,16% para este ano, sustentado pela expansão dos setores de serviços e indústria.
A cotação do dólar deve fechar o ano em R$ 5,48, refletindo as condições econômicas internas e externas. O cenário atual apresenta incertezas globais e moderação no crescimento doméstico, fatores que influenciam as decisões do Banco Central. A manutenção da Selic elevada busca controlar a inflação enquanto a expectativa de redução futura indica confiança na estabilidade econômica e na retomada gradual do crescimento.