O governo dos Estados Unidos corre o risco de enfrentar um novo shutdown caso o Congresso não aprove o orçamento até 30 de setembro de 2025, data que marca o fim do ano fiscal. O shutdown consiste na paralisação parcial das atividades governamentais por falta de recursos, afetando agências federais e o pagamento de servidores considerados não essenciais. A lei Anti Deficiência, de 1884, impede gastos acima do autorizado sem aprovação legislativa, exigindo a aprovação anual de 12 leis de dotações para financiar os gastos públicos.
O impasse atual envolve divergências entre republicanos e democratas. Os republicanos, pressionados pela ala conservadora, defendem cortes profundos em programas sociais para conter o déficit público, enquanto os democratas buscam preservar investimentos em saúde, educação e infraestrutura. A Câmara aprovou uma extensão temporária dos gastos até novembro, mas o Senado, controlado pela maioria republicana, depende de votos democratas para avançar. A Casa Branca já orientou agências a se prepararem para demissões em massa, aumentando a gravidade do cenário.
Caso o shutdown ocorra, os efeitos serão sentidos rapidamente na economia e na administração pública, com redução temporária do crescimento do PIB, atrasos em serviços e processos regulatórios, além de maior volatilidade nos mercados financeiros. A instabilidade política reforça preocupações sobre a governabilidade dos EUA diante dos confrontos partidários. Alternativas como a aprovação do orçamento completo para 2026 ou uma medida temporária podem evitar a paralisação, mas o impasse persiste.