Uma vasta mancha de lixo no Oceano Pacífico, localizada entre os Estados Unidos e o Japão, cobre mais de 1,5 milhão de km². Essa área, conhecida como ‘plastisfera’, se transformou em um ecossistema inusitado, abrigando diversas formas de vida, como caranguejos, anêmonas e microrganismos que se reproduzem no plástico. O fenômeno é resultado das correntes oceânicas que concentram detritos em um mesmo ponto, embora a mancha não seja visível em imagens de satélite devido à sua dispersão.
Pesquisadores alertam que esse novo ecossistema traz riscos significativos. As correntes que reúnem o lixo também transportam organismos invasores e micróbios potencialmente patogênicos. Além disso, a fauna marinha sofre com a ingestão acidental de plástico, levando à morte de espécies como baleias e tartarugas. A situação é alarmante e destaca a urgência de ações para mitigar os impactos do lixo no oceano.
Iniciativas internacionais têm sido propostas para recolher parte desse lixo, mas os especialistas enfatizam que a solução deve ser preventiva. Barreiras em rios e sistemas flutuantes próximos à costa são algumas das alternativas sugeridas para evitar que plásticos sejam levados para o mar. A discussão sobre a gestão do lixo marinho é crucial, especialmente com a proximidade da COP 30, onde questões ambientais estarão em pauta.