A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, neste domingo (28), pela manutenção das prisões preventivas de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS, e do empresário Maurício Camisotti. Os ministros Nunes Marques, Edson Fachin e André Mendonça votaram a favor da manutenção, enquanto Gilmar Mendes se declarou impedido de julgar o caso. O julgamento teve início na sexta-feira (26) no plenário virtual da Corte, com prazo para inserção dos votos até o dia 3 de outubro.
Antônio Carlos Camilo Antunes é apontado como facilitador de um esquema que desviou recursos destinados a aposentados e pensionistas, com empresas ligadas a ele atuando como intermediárias financeiras. Já Maurício Camisotti é identificado como sócio oculto de uma entidade beneficiária das fraudes na Previdência. Ambos foram presos pela Polícia Federal na última sexta-feira (12), e as investigações revelaram que Antunes recebeu cerca de R$ 53 milhões de associações de aposentados, repassando mais de R$ 9 milhões a indivíduos ligados ao INSS.
A manutenção das prisões é um desdobramento importante no combate à corrupção no Brasil, evidenciando a atuação firme do judiciário na aplicação da lei. O desfecho deste caso poderá influenciar as investigações em andamento e a forma como crimes relacionados à corrupção são enfrentados no país, ressaltando a necessidade de medidas eficazes para proteger os recursos públicos e garantir justiça.