Lideranças indígenas da região do Juruá estão avaliando as escutas organizadas pelo Instituto de Mudanças Climáticas e Regulação de Serviços Ambientais (IMC), que visam a repartição de benefícios do REDD+ Jurisdicional. O processo, que começou em 2024 e continuou com encontros em 2025, busca assegurar que uma parte dos recursos gerados seja destinada às comunidades indígenas do Acre, promovendo um impulso econômico e social nas aldeias.
O cacique Joel Puyanawa expressou inicialmente dificuldades em compreender o funcionamento do REDD+ Jurisdicional, mas após as escutas, sentiu-se mais preparado para representar seu povo. Ele enfatizou a necessidade de garantir 22% dos recursos para as terras indígenas, ressaltando que a participação no programa deve respeitar a autonomia das comunidades e beneficiar áreas como agricultura e saúde.
Outros líderes, como Xitin Nukini e Haru, também destacaram a importância do diálogo entre as comunidades e os órgãos ambientais. Eles acreditam que uma repartição justa dos benefícios pode fortalecer iniciativas locais, como reflorestamento e segurança alimentar, além de promover o acesso direto dos povos indígenas aos recursos gerados pelas negociações de carbono, essencial para sua inclusão no circuito econômico global.