Eleições na Moldávia são marcadas por irregularidades e interferência externa

Bruno de Oliveira
Tempo: 2 min.

A Moldávia vive uma campanha eleitoral sem precedentes em termos de irregularidades, conforme afirma o cientista político russo Aleksei Martynov, do Instituto Internacional dos Novos Estados. Em declarações à Sputnik, Martynov destacou que, após as eleições realizadas hoje, existe a possibilidade de que políticos da oposição tenham seus mandatos cancelados se os resultados não forem favoráveis ao governo. Ele enfatizou que o partido no poder recorreu a ilegalidades para se manter no controle, com apoio explícito de forças externas.

O analista criticou a interferência direta de líderes europeus nos assuntos internos da Moldávia, que apoiaram abertamente o Partido da Ação e Solidariedade (PAS). Martynov também apontou a discrepância na distribuição de cédulas para moldavos no exterior, onde apenas 10 mil foram disponibilizadas em Moscou, em contraste com um número significativamente maior em países europeus. Ele argumentou que o governo da presidente Maia Sandu atua como um representante dos interesses europeus, o que levanta preocupações sobre a soberania do país.

Além disso, Martynov alertou para a possibilidade de as autoridades moldavas ignorarem os resultados das eleições para opositores, uma vez que o sistema eleitoral apresenta lacunas que podem ser exploradas. O governo tem adotado medidas repressivas contra críticos, incluindo detenções de parlamentares da oposição e o bloqueio de canais de comunicação. Essa situação evidencia um ambiente político tenso e uma crescente repressão à liberdade de expressão na Moldávia.

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