Milhares de pessoas se reuniram no centro de Buenos Aires no último sábado (27) para exigir justiça pelos brutais assassinatos de três mulheres, cujos crimes foram transmitidos ao vivo no Instagram. Brenda del Castillo, de 20 anos, Morena Verdi, também de 20 anos, e Lara Gutierrez, de 15 anos, foram vistas pela última vez em 19 de setembro. Segundo o ministro da Segurança Provincial de Buenos Aires, Javier Alonso, as mulheres foram atraídas para uma armadilha de uma organização internacional de drogas e encontradas mortas em um jardim.
As vítimas foram torturadas antes do assassinato, e a transmissão ao vivo do crime chocou a sociedade argentina. Na gravação, o chefe da organização criminosa é ouvido dizendo: “Isso é o que acontece com quem rouba drogas de mim”. As autoridades informaram que as mulheres já tinham contato com membros da organização, cujo centro de comando está localizado na cidade de Buenos Aires. Quatro pessoas foram presas sob acusações de homicídio agravado, e um quinto suspeito foi detido na Bolívia.
A marcha foi organizada pelo coletivo “Ni una menos” (Ninguém menos) para marcar o Dia de Ação Global pelo Aborto Legal, Seguro e Sensível. O caso não apenas destaca a violência contra as mulheres na Argentina, mas também levanta questões sobre o tráfico de drogas e a segurança pública no país. A indignação popular pode pressionar as autoridades a intensificarem as ações contra o crime organizado e a proteção das mulheres.