A tensão entre Rússia e Otan tem aumentado nas últimas semanas, especialmente após a detecção de drones russos no espaço aéreo de países europeus, como Dinamarca, Polônia e Alemanha. O incidente mais recente ocorreu na Dinamarca, onde drones foram avistados perto de instalações militares, levando ao fechamento temporário de aeroportos. O governo dinamarquês anunciou que aceitará apoio militar da Suécia para fortalecer suas defesas, enquanto os países bálticos, nórdicos e a Polônia implementam medidas de proteção contra ações atribuídas à Rússia.
Na Alemanha, as autoridades consideram a ameaça dos drones como “alta” e estão planejando atualizar a legislação para permitir que as forças armadas abatam aeronaves não autorizadas. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que os ataques com drones visam testar a capacidade de defesa europeia e diminuir o apoio militar à Ucrânia. Ele relatou que 92 drones foram interceptados no território ucraniano, com 19 conseguindo atingir seu espaço aéreo, alertando que a Itália pode ser o próximo alvo.
No cenário diplomático, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, advertiu a Otan e a União Europeia que qualquer agressão contra Moscou resultará em uma “resposta decisiva”. Lavrov acusou os países ocidentais de usarem a Ucrânia como um campo de batalha contra a Rússia e negou qualquer intenção de ataque por parte de Moscou. As declarações coincidem com comentários do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a necessidade de derrubar aeronaves russas que violem o espaço aéreo da Otan.