O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto que classifica o movimento Antifa como uma ‘organização terrorista’. A medida, anunciada após o assassinato do ativista conservador Charlie Kirk, gerou preocupações entre especialistas, que a consideram uma das mais graves formas de repressão política adotadas por Trump. Segundo o professor Thiago Rodrigues, essa ação pode ser usada para coibir manifestações contrárias ao governo e justificar o uso abusivo da força estatal, semelhante a práticas de regimes autoritários.
A designação de Antifa como terrorista é controversa, uma vez que o movimento não possui uma estrutura organizacional definida, mas representa uma pauta antifascista defendida por diversos grupos. A professora Clarissa Nascimento Forner destaca que essa associação ao terrorismo pode facilitar a repressão a grupos progressistas e autorizar práticas de maior violência. O uso do termo ‘terrorismo’ carrega um peso significativo nos Estados Unidos, especialmente após os ataques de 11 de setembro de 2001, que marcaram o início de uma guerra ao terror.
As implicações dessa medida são profundas, pois abrem precedentes para a criminalização de qualquer oposição ao governo. Especialistas alertam que a classificação pode resultar em ações autoritárias contra a sociedade civil e movimentos sociais, refletindo uma tendência global de governos que buscam silenciar vozes dissidentes. A situação exige vigilância sobre os direitos civis e a liberdade de expressão em um momento crítico para a democracia americana.

