A crise climática suscita um debate crucial sobre sua reversibilidade, à medida que o aumento do nível do mar e o derretimento acelerado das geleiras se tornam cada vez mais evidentes. Segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), alguns efeitos já são irreversíveis, e mesmo que as emissões de gases de efeito estufa cessem imediatamente, o nível do mar continuará a subir por séculos. No entanto, o IPCC, principal órgão científico sobre mudanças climáticas, acredita que ainda é viável estabilizar o aquecimento global em até 2 ºC, desde que ações imediatas sejam tomadas.
Para alcançar essa meta, as emissões precisam atingir o pico imediatamente e serem reduzidas pela metade até 2030, com um objetivo de zero líquido até 2050. A cientista Thelma Krug alerta que cortes graduais não serão suficientes; as reduções devem ser rápidas e profundas para evitar consequências devastadoras. Embora os impactos já em curso não possam ser apagados, ainda há tempo para frear a crise climática e evitar cenários ainda mais graves no futuro.