Os Estados Unidos, mesmo após a implementação de tarifas de até 50% sobre exportações brasileiras, continuam sendo os maiores investidores diretos no Brasil. Segundo o censo de capitais estrangeiros do Banco Central (BC), divulgado em Brasília nesta sexta-feira (26), os investimentos diretos dos EUA somam US$ 244,7 bilhões, representando 28% do total de US$ 884,8 bilhões em capital social de empresas no país.
O levantamento revela que o Brasil alcançou um estoque de US$ 1,141 trilhão em investimento estrangeiro direto, o que equivale a 46,6% do Produto Interno Bruto (PIB), o maior percentual já registrado. O chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, explica que a lista considera o local de origem do “investidor imediato”, o que pode incluir paraísos fiscais como Luxemburgo e Ilhas Cayman.
A análise dos setores que mais atraem investimento estrangeiro mostra que os serviços lideram com 59% do total, seguidos pela indústria (29%) e agropecuária (12%). As atividades financeiras e a extração de petróleo são as principais áreas de interesse dos investidores norte-americanos, refletindo um cenário econômico complexo e interconectado entre Brasil e Estados Unidos.

