Na Assembleia Geral da ONU, realizada em Nova York, o primeiro-ministro chinês Li Qiang fez uma crítica velada aos Estados Unidos, sem citar diretamente o presidente Donald Trump. Em seu discurso, Li defendeu o multilateralismo e alertou sobre o ressurgimento da mentalidade da Guerra Fria, afirmando que as regras internacionais estão sendo desafiadas. Ele enfatizou que a China se comprometeu a reduzir suas emissões de gases de efeito estufa em 7% a 10% nos próximos dez anos, um passo histórico na luta contra as mudanças climáticas.
Li Qiang ressaltou que a imposição de tarifas pelos EUA contribui para a estagnação econômica global e que a China está disposta a abrir suas portas ao mundo. O compromisso ambiental da China foi anunciado por Xi Jinping em uma cúpula climática da ONU, destacando a transição verde como uma tendência necessária. A crítica à postura unilateral dos EUA se intensifica em um momento em que Washington se afasta de acordos globais sobre clima.
O discurso de Li e o compromisso ambiental da China refletem uma mudança significativa na política climática do país, que busca se posicionar como líder global em sustentabilidade. A pesquisa apresentada por Tings Chak, do Instituto Tricontinental, reforça a ideia de que o desequilíbrio ambiental gera injustiça social, um ciclo que precisa ser interrompido. O evento em São Paulo também discutiu os caminhos da transição ecológica chinesa, evidenciando a importância do tema no cenário internacional atual.