O Banco Central do Brasil decidiu adiar o lançamento do Pix parcelado, uma funcionalidade que permitiria aos usuários dividir pagamentos com crédito imediato ao recebedor. A implementação, que estava prevista para este semestre, foi colocada em segundo plano devido à necessidade urgente de reforçar a segurança do sistema financeiro, após uma série de ataques cibernéticos e a descoberta de vínculos entre instituições financeiras e o Primeiro Comando da Capital (PCC). O foco agora é fechar brechas regulatórias que têm sido exploradas pelo crime organizado.
O pacote de medidas anunciado pelo Banco Central inclui a limitação de R$ 15 mil para transações via Pix ou TED realizadas por instituições de pagamento sem licença, além da obrigatoriedade de rejeição de operações com indícios de fraude. Novas iniciativas devem ser divulgadas ainda neste semestre, incluindo regras mais rigorosas sobre o uso de contas laranja e operações com criptoativos. A regulamentação do Pix parcelado, que deveria ser publicada em outubro, agora terá um manual de experiência do usuário apenas em dezembro, com um atraso estimado de até três meses.
Essas mudanças refletem a crescente pressão sobre o Banco Central para garantir a integridade do sistema financeiro em meio a um cenário de insegurança. A autarquia busca não apenas proteger os usuários, mas também restaurar a confiança nas transações digitais. Com a nova abordagem, o BC espera mitigar os riscos associados a fraudes e fortalecer a regulamentação do setor financeiro no Brasil.