O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, fez um discurso controverso na Assembleia Geral da ONU nesta sexta-feira (26), onde negou que Israel esteja cometendo genocídio ou induzindo a fome na Faixa de Gaza. Ele também rejeitou a ideia de um Estado palestino e criticou a crescente onda de reconhecimento da Palestina por países ocidentais, em um evento que foi esvaziado por delegações internacionais, incluindo a brasileira, em protesto contra sua presença devido a uma ordem de prisão do Tribunal Penal Internacional.
Netanyahu afirmou que Israel está em guerra contra o Hamas e que destruiu grande parte de sua capacidade militar, enquanto criticou líderes mundiais que reconheceram o Estado palestino. Seu discurso, transmitido em Gaza, foi visto como uma tentativa de propaganda política e gerou reações negativas, com analistas comparando suas táticas às usadas durante a Segunda Guerra Mundial. O premiê também fez declarações polêmicas sobre a situação humanitária em Gaza, contradizendo evidências de massacres e fome na região.
As implicações do discurso de Netanyahu são profundas, pois refletem a crescente tensão entre Israel e a comunidade internacional em relação ao tratamento da população palestina. A recusa em aceitar um Estado palestino e as ameaças de anexação da Cisjordânia por ministros israelenses intensificam os desafios para a paz na região. A reação global ao discurso pode influenciar futuras negociações e a dinâmica política no Oriente Médio, especialmente com o apoio crescente à Palestina entre nações ocidentais.