O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, manifestou nesta sexta-feira sua expectativa de que a relação bilateral entre Brasil e Estados Unidos possa se desescalar rapidamente, em decorrência da reunião agendada entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente Donald Trump. Barroso acredita que essa interação pode resultar na revogação das sanções impostas pela administração americana a ministros do STF, incluindo Alexandre de Moraes.
Em agosto, o ministro da Justiça, Flávio Dino, determinou que empresas brasileiras não são obrigadas a seguir as imposições da Lei Magnitsky, utilizada pelos EUA para sancionar Moraes e seus familiares. Durante uma conversa com jornalistas, Barroso ressaltou que espera que a distensão nas relações entre Brasília e Washington torne desnecessária uma decisão do plenário do STF sobre a validade dessas sanções no Brasil.
Barroso também comentou sobre o futuro encontro entre Lula e Trump, afirmando que o presidente brasileiro tem demonstrado lealdade ao STF. Ele acredita que Lula abordará tanto as tarifas comerciais quanto as sanções a autoridades brasileiras durante a reunião. O ministro ainda mencionou que aguardará o desfecho do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro antes de decidir sobre possíveis medidas políticas ou judiciais relacionadas ao visto que teria sido suspenso.