A conferência do clima da ONU, a COP30, será realizada em Belém (PA) em novembro e promete ser um marco de inovação e inclusão, segundo Ana Toni, CEO do evento. Em entrevista ao VEJA+Verde, Toni afirma que a conferência será a ‘COP da implementação’, destacando a necessidade de instrumentos financeiros adequados, como o Fundo Florestas Tropicais para Sempre, que visa remunerar a preservação da vegetação nativa por comunidades e proprietários privados.
Ana Toni elenca três resultados esperados para a COP30: reforço do multilateralismo, demonstração do impacto dos acordos climáticos no cotidiano das pessoas e aceleração na implementação de soluções. Ela ressalta que tecnologias como carros elétricos e painéis solares surgiram em parte devido a esses acordos. Além disso, Toni planeja sugerir mobilização de 1,3 trilhão de dólares para financiar iniciativas climáticas em países em desenvolvimento a partir de 2025.
A escolha de Belém, no coração da Amazônia, confere simbolismo às discussões climáticas. Toni enfatiza a importância de realizar a COP em uma cidade com problemas reais, o que tornará as negociações mais pragmáticas. Com um compromisso com a diversidade e a inclusão, a executiva acredita que o Brasil está preparado para receber o mundo e transformar o debate climático em ações concretas para o futuro do planeta.