Na quarta-feira (24), os corpos de Morena Verri, Brenda del Castillo e Lara Gutiérrez foram encontrados em uma casa em Florencio Varela, na província de Buenos Aires, com sinais de tortura. As jovens, que estavam desaparecidas desde o dia 20, foram vistas pela última vez ao entrarem em uma van branca para um evento. O ministro da Segurança da província, Javier Alonso, afirmou que o crime foi cometido por uma quadrilha transnacional de narcotráfico e que a sessão de tortura foi transmitida ao vivo no Instagram para um grupo fechado de 45 pessoas.
O crime brutal expõe a crescente influência do crime organizado na Argentina, especialmente em áreas vulneráveis onde a presença do Estado é limitada. Organizações sociais alertam para a consolidação de grupos de traficantes diante da falta de investimento em programas sociais e educacionais. O avô de duas das vítimas expressou sua incredulidade ao afirmar que nunca imaginou que algo assim pudesse acontecer, enquanto as mães das jovens exigem justiça em protestos que tomaram as ruas de Buenos Aires.
As implicações deste caso são profundas, refletindo não apenas a violência do narcotráfico, mas também a questão do feminicídio no país. Em 2023, a Argentina registrou 164 vítimas de feminicídio nos primeiros oito meses do ano. A situação exige uma resposta urgente das autoridades e um compromisso renovado para enfrentar a violência contra as mulheres e o fortalecimento das políticas públicas nas comunidades afetadas pela criminalidade.