A Polícia Federal (PF) determinou o fechamento de 1.176 empresas clandestinas de segurança privada entre 2017 e 2024, durante a Operação Segurança Legal. Essa ação resultou em 26 prisões em flagrante e na apreensão de 46 armas de diferentes calibres, evidenciando a gravidade da atuação irregular no setor. Aproximadamente 35% das empresas fiscalizadas não tinham autorização para operar, um número que poderia ser ainda maior se não fosse a interrupção das operações devido à pandemia de Covid-19.
O advogado Ivan Hermano Filho, vice-presidente da Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores (Fenavist), destacou que o fechamento dessas empresas reflete uma realidade preocupante no mercado de segurança privada. Ele explicou que existem tanto empresas irregulares bem estruturadas quanto aquelas formadas por indivíduos que atuam sem qualquer suporte legal. A recente sanção do Estatuto da Segurança Privada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que regulamenta as atividades do setor, oferece à PF um embasamento legal mais robusto para suas ações.
Com a nova legislação, a PF poderá aplicar multas não apenas às empresas clandestinas, mas também a quem as contrata, além de tipificar como crime a atuação clandestina armada. Essa mudança legislativa é vista como um avanço significativo na fiscalização do setor, permitindo que a PF atue com mais rigor contra práticas irregulares e garantindo maior segurança à população.