Um novo estudo publicado na revista Communications Earth & Environment revela que a extinção dos dinossauros, ocorrida há 66 milhões de anos, não apenas eliminou esses grandes répteis, mas também transformou drasticamente as paisagens da América do Norte. Pesquisadores analisaram formações rochosas e sedimentares no oeste dos Estados Unidos, constatando que a morte dos dinossauros permitiu o crescimento de florestas densas e a estabilização de rios, alterando o curso das águas e a vegetação em vastas regiões.
Os geólogos compararam camadas de sedimentos depositadas antes e depois da extinção em massa, observando um contraste geológico marcante. Antes da extinção, a região era dominada por lama esverdeada, típica do período em que os dinossauros predominavam. Após o impacto, estratos mais coloridos e ricos em lignito começaram a se acumular, indicando uma nova paisagem com rios mais estáveis e meandros bem definidos.
Essa transformação ecológica sugere que a ausência dos dinossauros permitiu que árvores crescessem e enraizassem com mais facilidade, estabilizando o solo. No entanto, especialistas divergem sobre se essa foi a única causa das mudanças geológicas, destacando que florestas já existiam antes e durante o Cretáceo. Os pesquisadores propõem novos testes para investigar como a estrutura das florestas evoluiu após a extinção.