A relação entre Estados Unidos e China se intensificou nesta semana, marcada por novas tensões e tentativas de conciliação. Na segunda-feira (15), o governo chinês acusou Washington de ‘intimidação unilateral’ após o presidente Donald Trump solicitar a aliados do G7 e da Otan que impusessem tarifas sobre as importações chinesas, em resposta às compras de petróleo russo por Pequim. Para o Ministério do Comércio chinês, essa ação representa um exemplo clássico de coerção econômica.
No sábado anterior, Trump havia proposto sanções mais severas contra Moscou e tarifas que variam de 50% a 100% sobre produtos chineses até que a guerra na Ucrânia chegue ao fim. Ele argumentou que a China exerce forte controle sobre a Rússia e que essas tarifas poderiam romper esse domínio. Desde o início da invasão russa à Ucrânia, Pequim ampliou seus laços comerciais com Moscou, respondendo por cerca de 17,5% das importações chinesas de petróleo.
Apesar da retórica dura, Trump também anunciou um acordo preliminar sobre o TikTok nos EUA, um dos principais pontos de negociação entre os dois países. O secretário do Tesouro, Scott Bessent, afirmou que há uma base para um acordo que prevê a transferência do controle da plataforma para um grupo norte-americano. Trump confirmou que conversará com o presidente chinês Xi Jinping na sexta-feira (19) para concluir o acordo, destacando que a reunião comercial em Madri ‘correu muito bem’.