Líderes do Golfo apelaram nesta segunda-feira, 15, ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para que exerça influência sobre Israel após bombardeios em Doha que resultaram na morte de seis membros do Hamas. O pedido foi feito durante uma cúpula emergencial da Liga Árabe e da Organização de Cooperação Islâmica (OCI), realizada no Catar, um importante mediador na guerra da Faixa de Gaza. O secretário-geral do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), Jasem Mohamed al-Budaiwi, enfatizou que os EUA têm poder de barganha sobre Israel e que é hora de utilizá-lo para cessar as hostilidades. A declaração conjunta dos países árabes reafirmou o compromisso com a soberania e segurança de seus Estados-membros, condenando veementemente qualquer violação à segurança regional. Além disso, foi decidido que o comando militar unificado do GCC tomará medidas para fortalecer a defesa coletiva em resposta à agressão. O bombardeio israelense ao Catar representa um marco significativo, sendo o primeiro ataque registrado contra um país do Golfo Pérsico, gerando preocupações sobre a escalada das tensões na região. O primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdulrahman bin Jassim al-Thani, criticou o ataque como ‘terrorismo de Estado’ e indicou que reavaliará o papel do Catar como mediador no conflito.