Um casarão térreo amarelo, localizado na rua Major Diogo, no Bexiga, destaca-se como um importante marco da história da saúde mental no Brasil. Construído na década de 1880, o imóvel, que inicialmente era um pequeno chalé com quatro ambientes, passou por várias reformas ao longo dos anos, sendo adaptado para se tornar um manicômio particular com 13 cômodos. Essa transformação reflete as mudanças nas práticas de saúde mental e a importância de preservar a memória histórica desse espaço.
A construção do casarão representa um período em que a região do Bexiga ainda era considerada zona rural, evidenciando a evolução urbana e social do local. A preservação do casarão de Dona Yayá não é apenas uma questão arquitetônica, mas também um convite à reflexão sobre as condições de tratamento e a percepção da saúde mental ao longo dos anos no Brasil. O espaço se torna um símbolo da luta por direitos e dignidade para aqueles que enfrentam questões de saúde mental.
As implicações da preservação desse casarão vão além do seu valor histórico; ele serve como um lembrete da necessidade de continuar a discussão sobre saúde mental no Brasil. À medida que a sociedade avança, é crucial reconhecer e aprender com o passado para garantir que os erros não sejam repetidos. O casarão de Dona Yayá, portanto, não é apenas um edifício, mas um testemunho da evolução das práticas de cuidado e respeito à saúde mental.