A primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como Janja, revelou em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo que cogitou deixar Brasília devido às críticas que recebeu por sua atuação no governo do marido, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Janja enfatizou sua recusa em se conformar ao papel tradicional das primeiras-damas, afirmando que essa resistência gerou uma série de questionamentos sobre seu posicionamento. “A caixinha estava pronta para eu entrar. A minha recusa é que criou toda essa série de questões sobre o meu posicionamento”, disse.
Janja também abordou as críticas que recebeu após um mal-entendido durante uma conversa com o presidente chinês Xi Jinping e expressou seu descontentamento com a forma como suas preocupações foram tratadas em comparação com as declarações de influenciadores. Além disso, ela elogiou a mobilização de Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca, em relação à proteção de crianças nas redes sociais, destacando a aprovação do projeto de lei que aguarda sanção presidencial. A primeira-dama reafirmou seu compromisso em dialogar com mulheres, especialmente evangélicas, na eventual campanha de reeleição de Lula em 2026.
Por fim, Janja negou ter se afastado do governo e afirmou estar ativamente envolvida em diversas reuniões e eventos, incluindo sua participação na COP30 em novembro. Ela também comentou sobre a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, afirmando não estar preocupada com sua figura política e ressaltou sua disposição em proteger Lula de ataques. “Eu espero que ela tenha ética para saber o papel que ela tem”, concluiu Janja, destacando seu papel ativo na política brasileira mesmo sem um cargo oficial.