Estamos entrando em uma nova era da obesidade, com medicamentos como Ozempic, Wegovy e Mounjaro ajudando milhões a perder peso. Contudo, a pesquisa revela que os alimentos ultraprocessados desempenham um papel crucial no aumento da obesidade, diabetes e doenças cardíacas, além de meramente contar calorias. Diante dessa realidade, governos enfrentam um dilema: tratar a obesidade ou abordar suas causas fundamentais.
Os medicamentos GLP-1 têm mostrado resultados impressionantes, especialmente em pacientes com diabetes tipo 2, mas não são uma solução isolada. A prevalência de alimentos ultraprocessados na dieta média, que representa mais de 60% na Inglaterra e nos Estados Unidos, altera nossa biologia e contribui para doenças crônicas. A questão central é se os governos priorizarão a prevenção em vez de apenas a prescrição de medicamentos.
Para efetivar mudanças reais, é necessário que os governos adotem medidas ousadas, como proibir a publicidade de junk food para crianças e investir em educação alimentar nas escolas. A verdadeira liberdade não está em escolher entre produtos processados, mas em ter acesso a um ambiente alimentar que promova saúde e bem-estar. Sem essa mudança estrutural, continuaremos a ver a obesidade como um problema crescente na próxima geração.