Roraima tem vivido dias marcados por uma série de acidentes de trânsito que se assemelham a cenas de filmes apocalípticos. Na capital e nas rodovias do interior, veículos capotados e colisões violentas têm exposto corpos de vítimas fatais, com a imprudência dos condutores sendo a principal causa desses incidentes. O recente acidente fatal na BR-401, envolvendo um servidor público em um carro alugado, exemplifica a leniência com que esses casos são tratados pela sociedade e pelas autoridades.
A falta de responsabilização judicial para os motoristas imprudentes tem gerado um ambiente onde a violência no trânsito se torna cada vez mais comum. Casos recentes mostram que as vítimas, muitas vezes indígenas ou imigrantes, são rapidamente culpabilizadas, enquanto os motoristas de classe alta escapam das consequências. Essa dinâmica revela um pacto social que ignora a gravidade da situação, permitindo que a impunidade prevaleça e que a vida dos cidadãos se torne uma verdadeira loteria.
A normalização dessa violência no trânsito levanta questões sobre a necessidade urgente de uma resposta efetiva das autoridades. A implementação de políticas de tolerância zero poderia ser um passo importante para combater a imprudência e proteger a vida dos cidadãos. Contudo, o receio de perturbar a elite intocável da sociedade roraimense parece paralisar qualquer ação significativa, perpetuando um ciclo de tragédias nas estradas do estado.