O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está prestes a assinar a ordem de cassação da medalha Ordem do Pacificador, que Jair Bolsonaro (PL) exibiu durante seu interrogatório no Supremo Tribunal Federal (STF). Essa medida ocorrerá se Bolsonaro perder seu posto e patente no Exército, uma punição prevista para militares condenados a mais de dois anos de prisão. O ex-presidente foi sentenciado a 27 anos pelo STF, o que torna essa possibilidade iminente.
A medalha em questão é uma das mais altas honrarias do Exército e foi concedida a Bolsonaro por meio de uma manobra do general Lourena Cid, pai de Mauro Cid. A concessão ocorreu em um contexto polêmico, onde Bolsonaro enfrentava um processo por racismo devido a ofensas dirigidas à cantora Preta Gil. A decisão de Lula de cassar a medalha está embasada no artigo 10 do decreto 4.207, assinado por Fernando Henrique Cardoso, e se torna obrigatória caso o Superior Tribunal Militar (STM) considere Bolsonaro indigno do oficialato.
As implicações dessa ação são significativas, pois marcam um desdobramento importante na relação entre o governo atual e o ex-presidente. Além disso, a situação reflete as tensões políticas no Brasil, especialmente considerando que Bolsonaro foi condenado em um processo relatado por um ministro nomeado por Michel Temer (MDB). A possibilidade de inelegibilidade até 2060 para Bolsonaro também gera discussões sobre o futuro político do ex-presidente e suas repercussões na sociedade brasileira.