A Justiça de São Paulo decidiu manter a prisão de oito suspeitos de integrar uma quadrilha especializada em golpes cibernéticos e fraudes bancárias, que teria causado prejuízos superiores a R$ 1,2 bilhão a diversas instituições financeiras. As prisões em flagrante foram homologadas nas audiências de custódia e convertidas em preventivas, sem prazo para término, devido ao risco de reiteração criminosa apontado pelo juiz Caio José Bovino Greggio. O magistrado ressaltou que os investigados utilizavam uma estrutura eletrônica sofisticada, evidenciando que a prática criminosa se tornou seu modo de vida.
O grupo foi detido após um plano para desviar recursos do Arranjo de Pagamento Instantâneo, acessando contas mantidas por instituições financeiras do Banco Central. A Polícia Federal iniciou a investigação após a Caixa Econômica Federal desconfiar do envolvimento de um gerente em um furto de um notebook que possibilitava acesso remoto à rede do banco. Com a apreensão dos equipamentos, a PF busca evitar a perda de provas e aprofundar as investigações sobre as atividades da quadrilha.
Os acusados negam as acusações e alegam irregularidades nas prisões, com algumas defesas argumentando que as provas são genéricas e que os réus não têm antecedentes criminais. A situação levanta questões sobre a segurança das instituições financeiras e a eficácia das medidas de combate a crimes cibernéticos no Brasil. A continuidade das investigações pela Polícia Federal será crucial para entender a extensão das operações do grupo e prevenir novos golpes.