Neste domingo (14), a etapa final da ‘Vuelta a España’ foi abruptamente interrompida por protestos pró-Palestina em Madri, onde manifestantes bloquearam a chegada da corrida. Jonas Vingegaard, ciclista dinamarquês, foi declarado vencedor, mas não conseguiu cruzar a linha de chegada devido à ocupação do percurso por manifestantes que derrubaram barreiras metálicas. A polícia mobilizou mais de 1.000 agentes para conter os protestos, que se intensificaram com confrontos e arremessos de objetos contra as forças de segurança.
Os protestos tiveram como alvo a equipe Israel-Premier Tech, em razão das ações de Israel em Gaza, e foram apoiados até mesmo pelo primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, que expressou admiração pelos manifestantes durante um comício em Málaga. O evento esportivo, que durou três semanas, foi marcado por tensões desde sua quinta etapa, culminando em um desfecho conturbado que deixou os organizadores sem opção a não ser encerrar a corrida por razões de segurança.
A interrupção da ‘Vuelta’ não apenas afetou o resultado da competição, mas também destacou as intersecções entre esporte e política em um contexto global cada vez mais polarizado. Vingegaard, que conquistou sua terceira vitória em um Grand Tour, se tornou o primeiro dinamarquês a vencer a Volta à Espanha, mas o evento ficará marcado pela confusão e pela mobilização social que o cercou, refletindo uma crescente conscientização sobre questões geopolíticas.