O Brasil se destaca por ter os preços mais altos de voos domésticos na América Latina, com uma média de US$ 135, quase o dobro do que é cobrado no Peru. Durante a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), os altos custos das passagens aéreas para Belém chamaram a atenção para esse problema. A concentração do mercado em apenas três companhias aéreas e a falta de opções de baixo custo são fatores que agravam essa situação, tornando difícil para os consumidores encontrarem tarifas mais acessíveis.
Além da ausência de companhias low cost, que têm se proliferado em outros países da região, o Brasil enfrenta desafios estruturais significativos. O alto custo dos combustíveis, taxas e impostos aeroportuários, além da instabilidade econômica, impactam diretamente o preço das passagens. Especialistas como Emilio Inés Villar e Adalberto Felibiano destacam que o ambiente regulatório e judicial do país desestimula novas iniciativas no setor aéreo, perpetuando um cenário de altos preços.
As implicações desse cenário são preocupantes para os consumidores brasileiros, que enfrentam dificuldades em acessar tarifas mais justas. A comparação com outros países da América Latina revela que o Brasil está em desvantagem, com voos mais caros proporcionalmente. A falta de alternativas de transporte e a concentração do mercado em poucas empresas limitam as opções dos viajantes, evidenciando a necessidade urgente de reformas no setor para aumentar a competitividade e reduzir os preços das passagens aéreas.