Neste domingo, 14 de setembro, o ex-presidente Jair Bolsonaro deixou a prisão domiciliar para realizar um procedimento cirúrgico em Brasília, onde deve remover lesões na pele. Condenado a mais de 27 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal por envolvimento em um golpe de Estado, Bolsonaro saiu sob escolta policial, acompanhado por um comboio da Polícia Penal e da Polícia Militar. Apoiadores do ex-presidente convocam manifestações em frente ao hospital, relembrando a última visita, quando foi recebido por simpatizantes.
Bolsonaro aguarda em prisão domiciliar sua possível transferência para um presídio, que pode ocorrer assim que os recursos judiciais dos réus do núcleo central do golpe se esgotem, o que deve acontecer até o final deste ano. Desde o atentado em 2018, quando levou uma facada na barriga, o ex-presidente já passou por seis cirurgias, incluindo procedimentos para desobstrução intestinal e correção de hérnias. Apesar das intervenções, ele continua enfrentando problemas de saúde, como crises de soluços e vômitos frequentes.
A defesa de Bolsonaro pretende usar seu estado de saúde debilitado como argumento para que ele permaneça cumprindo pena em regime domiciliar. A situação do ex-presidente levanta questões sobre sua capacidade de enfrentar a vida em uma penitenciária e a reação de seus apoiadores, que continuam mobilizados em torno de sua figura. O desdobramento deste caso poderá influenciar o cenário político brasileiro nos próximos meses.