Renan Santos, presidente do partido Missão e cofundador do MBL (Movimento Brasil Livre), comentou sobre o julgamento de Jair Bolsonaro no STF por tentativa de golpe de Estado, ocorrido em 14 de setembro de 2025. Segundo Santos, o resultado do julgamento representa um fortalecimento do Supremo Tribunal Federal e das estruturas judiciais brasileiras, além de afastar a possibilidade de aprovação de um projeto de anistia que beneficie o ex-presidente. Em entrevista ao Poder360, ele destacou que um círculo interno entre os bolsonaristas busca restaurar poderes totais a Bolsonaro, utilizando o tema das urnas como justificativa para ações antidemocráticas.
Santos também criticou o voto do ministro Luiz Fux, que, segundo ele, reflete uma visão desequilibrada das forças entre os Três Poderes. O ativista ressaltou que desde o inquérito conduzido por Alexandre de Moraes, o processo jurídico no Brasil apresenta anomalias que comprometem a tripartição dos Poderes e concentram excessivamente o poder no Judiciário. Ao ser questionado sobre as eleições de 2026, Renan se posicionou contra a ideia de conceder um perdão a Bolsonaro como primeiro ato de governo, afirmando que seu capital político seria melhor utilizado para combater o crime organizado e implementar reformas essenciais.
As declarações de Renan Santos ocorrem em um momento crítico para a política brasileira, onde as tensões entre os Poderes e as perspectivas eleitorais se intensificam. A resistência à anistia a Bolsonaro pode sinalizar uma nova fase na política nacional, onde figuras como Santos buscam distanciar-se da polarização e focar em questões estruturais. O futuro político do ex-presidente e as possíveis repercussões nas eleições de 2026 permanecem incertos, mas a posição firme de Santos indica uma disposição para enfrentar desafios significativos na arena política.