Pesquisadores destacam a importância da preservação da floresta amazônica para a saúde das comunidades locais. Marcos Uzquiano, guarda-parque na Reserva da Biosfera do Beni, na Bolívia, afirma que os incêndios florestais têm consequências devastadoras, não apenas para a biodiversidade, mas também para a saúde das populações indígenas. Segundo ele, esses incêndios comprometem funções essenciais das florestas, afetando a qualidade do ar e aumentando o risco de infecções respiratórias.
Um novo estudo analisa dados de 20 anos sobre 27 doenças, incluindo malária e doença de Chagas, e revela que municípios localizados próximos a florestas saudáveis em terras indígenas enfrentam um risco significativamente menor de enfermidades. Essa pesquisa abrange oito países da região amazônica e sublinha a relação direta entre a conservação das florestas e a saúde pública.
As implicações desse estudo são profundas, sugerindo que políticas de proteção ambiental não apenas preservam a biodiversidade, mas também desempenham um papel vital na saúde das comunidades. A conservação da Amazônia, portanto, deve ser vista como uma prioridade não apenas ecológica, mas também de saúde pública, com potencial para beneficiar milhões de pessoas na região.